CRISTO E O MITO DA CAVERNA


E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!João 8:32

O Célebre filósofo grego Platão, em um dos seus  livros “ República” ilustrou a realidade de sua época em uma poderosa metáfora conhecida como “O MITO DA CAVERNA”. Segundo Platão, boa parte da humanidade estava em uma infeliz condição; acorrentados em uma caverna que era dividida por um muro onde também haviam outros encavernados.  Os que estavam além do muro acenderam uma fogueira que permitia bruxulear na parede da caverna interior, onde era projetado as imagens dos que estavam do outro lado do muro.

As imagens projetadas, eram tudo o que eles tinham para estabelecer seus valores em termos de certo e errado.
A vida deles girava em torno daquelas sombras.
Era tudo o que eles tinham para tirar lições de vida e para instruir os mais jovens.
Aquelas sombras eram sua maior fonte de inspiração.
O seu mundo estava naquela parede.  
Os que ali estavam permaneciam acorrentados.

Era possível ouvirem o som produzido pelos que estavam do outro lado do muro, embora não fossem capazes de discernir o que ali acontecia. Vez por outra, um dos acorrentados conseguia romper com as correntes, mas não conseguia avançar além da fogueira onde permanecia com os que ali estavam.
Certo dia, um deles seguiu além da fogueira em direção a porta da caverna, onde, ao sair, foi iluminado pela luz do sol que lhe era desconhecida. A luz do sol a princípio lhe molestou os olhos causando-lhe um terrível incômodo, mas não demorou muito para perceber que agora  encontrava-se do lado de fora da caverna, e que a verdade contida lá dentro não passava de sombras; a realidade, o palpável, a substância encontrava-se do lado de fora da caverna.
O iluminado voltou rapidamente  para dar a boa notícia aos encavernados, mas, ao chegar ali foi ignorado, espancado, e censurado pelo fato de protestar contra as sombras  que lhes eram tão importantes.
Essa parábola, apesar de escrita a aproximadamente 300 anos a.C. permanece atual. Pois muitos de nós preferimos pautar nossa vida pela superficialidade das sombras, a buscar a verdade substancial e libertadora.
Cristo, penetrou a caverna escura e sombria da existência humana, para nos conduzir à substância da verdade. Ao ser inquirido pelo imperador Pilatos sobre sua missão, ele responde: “eu vim dar testemunho da verdade” Pilatos lhe perguntou: “que é a verdade?” Jo. 18.38.
Após dar instrução aos discípulos sobre a justiça divina, Cristo assegura aos que lhe deram crédito: “ Se vós permanecerdes na minha palavra, sois de fato meus discípulos; e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!”.
Este poderoso enunciado divino, além de sua aplicação espiritual, é uma sugestão ao conhecimento e à quebra de grilhões e cadeias por meio da verdade. Longe de querer estabelecer aqui  mais um conceito religioso, Cristo estava, em outras palavras, dando a chave da abertura de cadeias. A máxima é: A VERDADE LIBERTA!

TODA ELA! 
Verdade sempre será o inverso da mentira, da falsidade, da obscuridade, da incerteza. A verdade sempre conduzira à liberdade, pois ela trás em seu bojo, na sua essência, o poder libertador.
A verdade às vezes causa dores, incomoda, fere, abate, MAS LIBERTA!.

A verdade liberta do medo. Quantas crianças viveram amedrontadas por acreditar em “Bicho Papão”, “Pé de Garrafa”, na “Velha da Carruagem”. Quantos pescadores no Norte do Brasil vivem aterrorizados pelo mito da Boiúna e do Negro d’água. Muitos vivem presos a superstições da Sexta Feira 13, do comer carne na sexta feira santa, do mau olhado, da Matinta Pereira. 
A verdade em Cristo como Salvador da humanidade, nos liberta do medo da morte, Hb.2.15 e nos dá a certeza de que, apesar de ainda não termos a imortalidade, a vida eterna já nos foi conquistada.
A verdade liberta da ignorância e dos padrões de liberdade estabelecidos pela sociedade acorrentada.  A verdade nos faz ver a beleza, a cultura, a prosperidade por um viés diferente do que nos é proposto diariamente pela mídia em suas diversas que nos são impostos diariamente pela mídia em suas diversas formas.

A verdade nos ajuda a desconstruir conceitos, avaliar propostas, faz de nós sujeitos críticos e com aguçada leitura de mundo; nos distancia do bruxulear da lamparina, e nos aproxima da luz real que as trevas dissipa. 
Cristo nos conduz para fora da caverna escura. Cristo nos liberta da parede das sombras que nos mantém hipnotizados pelas formas obscuras e desconexas. Cristo arrebenta os grilhões que nos mantêm inertes e sem esperança. Não basta sair da caverna, o importante é permanecer fora dela. 
A PERMANÊNCIA EM CRISTO NOS MANTÉM FORA DA CAVERNA.