CONHEÇA OS CONCÍLIOS

Ao longo da historia cristã, muitas foram às investidas contra as doutrinas bíblicas. O surgimento de conceitos errôneos e às vezes obscuros levou os lideres da igreja  a reunir-se em concílios, que nada mais é do que uma reunião de autoridades eclesiásticas com o objetivo de discutir e deliberar sobre questões pastorais, administrativas,  de doutrina, de fé, e de costumes.  


CONCÍLIO DE NICÉIA I

Este concílio aconteceu em 20/05 – 25/06 de 325. Cerca de 300 bispos participaram desse concílio que foi o primeiro concilio ecumênico da historia do cristianismo. O objetivo principal era deliberar sobre diversos pontos, sendo o principal deles, a doutrina de Ário sobre a pessoa de Jesus Cristo como da mesma essência do Deus Pai.  Ario contestou a união das duas naturezas até então indefinida. A controvérsia com Ario e posteriormente com Apolinário determinou os parâmetros para se entender a doutrina da “unio presonalis”, ou seja, a doutrina união das duas naturezas do Cristo humano/divino.

Assuntos tratados no concilio:

  • A questão ariana. E formulou a primeira parte do Credo (profissão de Fé) que definiu a divindade do Filho de Deus. 
  •  A celebração da páscoa  – relacionado à data da ressurreição de Cristo (não definido até a presente data). 
  • O cisma de Milécio.
  • O batismo de Heréticos.
  •  O estatuto dos prisioneiros na perseguição de licínio.


CONCÍLIO DE TIRO

Convocado no ano de 355 por Eusébio de Nicomédia, a princípio em Cesaréia, para tratar da questão Ariana, foi transferido posteriormente para a cidade de Tiro (Líbano).
Descontente com o rumo das controvérsias doutrinárias, Eusébio, sendo ariano, juntamente com outros teólogos arianos da época, como Ursácio de Singiduno e Valente de Mursa, entre outros, pretendia, com este concílio, condenar Atanásio de Alexandria.
Neste sínodo, foram de consideradas as condenações de Ário e seus seguidores e os mesmos foram restituídos em seus cargos. Atanásio foi deposto. Este apela ao Imperador Constantino e ao Papa em relação às decisões tomadas em Tiro. Atanásio foi deportado para o exílio em Gaul e Ário morreu um ano depois, em 336.
O Papa Júlio I anulou todo o decidido neste Concílio os bispos Marcelo de Ancira e Atanásio de Alexandria foi restituído às suas sés.

CONCÍLIO DE CONSTANTINOPLA I

O Primeiro Concílio de Constantinopla se realizou de Maio a Julho no ano 381 onde foi debatida a natureza de Cristo e o arianismo. Este foi o primeiro Concílio Ecumênico realizado em Constantinopla. Foi convocado por Teodósio I em 381. Nesse concilio foi reafirmado o Credo Niceno com algumas modificações, e tratou de outros assuntos, tais como o arianismo. O concílio reuniu-se na Igreja de Santa Irene

  • Reafirmou o Credo Niceno e a questão ariana.
  • Condenou a doutrina da reencarnação oriunda de religiões do Oriente.
  •  Debateu a divindade do Espírito Santo.


CONCÍLIO DE ÉFESO I

O Primeiro Concílio de Éfeso foi realizado em 431 na Igreja de Maria em Éfeso, na Ásia Menor. Foi convocado pelo imperador Teodósio II e debateu sobre os ensinamentos cristológicos e mariológicos de Nestório, patriarca de Constantinopla. Cerca de 250 bispos nele estiveram presentes. O concílio foi conduzido em uma atmosfera de confronto aquecido e recriminações, e condenou o nestorianismo como heresia, assim como o arianismo e o sabelianismo.

Nestório, patriarca de Constantinopla, defendia que Cristo não seria uma pessoa única, mais que Nele haveria uma natureza humana e outra divina, distintas uma da outra e, por conseqüência, negava o ensinamento tradicional que a Virgem Maria pudesse ser a "Mãe de Deus" (em grego Theotokos), mais que, portanto ela seria somente a "Mãe de Cristo" (em grego Cristokos), para restringir o seu papel como mãe apenas da natureza humana de Cristo e não da sua natureza divina.

Obs.: A expressão grega, "Theotokos" significa "Portadora de Deus", não "Mãe de Deus" como queria o credo Niceno.

Os adversários de Nestório, liderados por Cirilo, Patriarca de Alexandria, consideravam isto inaceitável, pois Nestório estava destruindo a união perfeita e inseparável da natureza divina e humana em Jesus Cristo e acusavam Nestório de heresia, para condená-lo, Cirilo apelou ao Papa Celestino I, o papa concordou e concedeu à Cirilo sua autoridade para depor Nestório e excomungá-lo. Porém, antes da intimação chegar, Nestório convenceu o imperador Teodósio II para convocar um Concílio ecumênico, para que os bispos defendessem os seus pontos de vista opostos.

Assim que foi aberto, o Concílio denunciou os ensinamentos Nestório como errôneos e decretou que Jesus era uma apenas pessoa, e não duas pessoas distintas, Deus completo e homem completo, e declarou como dogma, que a Virgem Maria devia ser chamada de Theotokos, porque ela concebeu e deu à luz a Deus como um homem.

Os eventos do concílio criaram um cisma importante, provocando a separação da região da Síria, formando a Igreja Assíria do Oriente.

O Concílio de Éfeso declarou que era "ilegal para qualquer homem que apresente, ou escreva, ou componha uma Fé diferente (τέραν) como rival ao estabelecido pelos santos Padres reunidos com o Espírito Santo em Niceia", O cânon não especificou se isso significava o Credo Niceno, adotada pelo Primeiro Concílio de Nicéia, em 325, ou como apresentado pelo Primeiro Concílio de Constantinopla em 381. 

Resultado relevante do concilio:

  • Condenação do pelagianismo.
  • Discutiu a maternidade divina de Maria.
  • Condenou o nestorianismo, assim como o sabelianismo e o arianismo de heresia.
  •  Tratou da questão.
  •  Aprovação de 8 Cânones.
  • Cânon 1-5 condenou Nestorio e seus seguidores como hereges.
  • Cânon 6 decretou a deposição do cargo administrativo e excomunhão para os bispos que não aceitassem os decretos do concilio

CONCÍLIO DE CALCEDÔNIA

Este Concílio aconteceu de 08 de outubro a 1 de novembro de 451, e encerrou as discussões cristológicas que permearam os três concílios ecumênico anteriores: Nicéia em 325, Constantinopla em 381 e Éfeso em 431. 
Neste Concilio rejeitou-se veementemente o monofisismo (a heresia de Eutiques), que negava a natureza humana de Jesus, afirmou que em Cristo havia duas naturezas, a humana e a divina. Contribuíram para isso, fundamentalmente, dois documentos: O Tomo ad Flavianus; carta enviada por Leão I a Flaviano Patriarca de Constantinopla. Esta Epístola Dogmática fora lida em Calcedônia e acolhida pelos bispos presentes. 

Dada a eloquência de Leão I, a exclamação era que "Pedro falou pela boca de Leão".

As principais decisões deste Concílio foram:

  • Condenação da simonia, de casamentos mistos e ordenações absolutas (realizada sem que o novo clérigo tivesse determinada função pastoral).
  • Deposição e Condenação de Êutiques de Constantinopla (criador do monofisismo) e Dióscoro I (444-451) de Alexandria. 
  • Aprovação do Tomo ad Flavianus de Leão.
  •  Afirmação da existência de duas naturezas na única Pessoa de Cristo: Diofisismo, contra o monofisismo.

CONCÍLIO DE CONSTANTINOPLA II

Foi neste concílio, realizado de 05 de Maio a 2 de Junho de 533, que a doutrina da preexistência da alma (confundida por alguns com a reencarnação) deixou de ser aceita pela Igreja Católica, sendo declarada como herética.

Na reunião final deste concílio, participaram 165 bispos, sendo  159 deles orientais. Após uma discussão de cerca de quatro semanas, a conclusão do concílio foi submetida ao Papa, e a doutrina da preexistência da alma foi condenada. Com base nesse concílio, foi feito o Édito de Justiniano, no qual a Igreja declarar que “Quem sustentar a mítica crença na preexistência da alma e a opinião, conseqüentemente estranha, de sua volta, seja anátema”.

Esta cláusula, na íntegra, é a seguinte: “Se alguém diz ou sustenta que as almas humanas preexistiram na condição de inteligências e de santos poderes; que, tendo-se enojado da contemplação divina, tendo-se corrompido e, através disso, tendo-se arrefecido no amor a Deus, elas foram, por essa razão, chamadas de almas e, para seu castigo, mergulhadas em corpos, que ele seja anatematizado!”.


CONCÍLIO DE CONSTANTINOPLA III

O Terceiro Concílio de Constantinopla, que foi o "Sexto Concílio Ecumênico", realizado de 07 de Novembro de 680 a 16 de Setembro de 681, na cidade de Constantinopla. Repeliu a heresia do monotelismo (do grego monos - uma, thelema - vontade), proposição de que em Jesus havia apenas uma vontade, a divina, segundo o Patriarca Sérgio e o imperador de origem monofisita Heráclio.


CONCILIO DE NICÉIA II


O Segundo Concílio de Niceia foi o sétimo Concílio ecumênico do cristianismo, e o último a ser aceito por ambas as igrejas Orientais e Ocidentais. Reuniu-se em 24 de setembro a 23 de outubro de 787 em Niceia (local do Primeiro Concílio de Niceia; atualmente İznik na Turquia). O tema foi a legitimidade da veneração de imagens de santos que tinham sido suprimidos pelo édito do Império Bizantino durante o reinado de Leão III (717 - 741), seu filho, Constantino V (741 - 775) havia reprimido definitivamente a veneração de imagens.

Não se deve confundir veneração de imagens com a comunhão e intercessão dos santos, dogma praticado desde o cristianismo primitivo, pois este concílio discutiu apenas se era legítimo criar imagens para representar os santos.


CONCILIO DE CONSTANTINOPLA IV

O Quarto Concílio de Constantinopla, ocorrido entre 5 de Outubro de 869 e 28 de Fevereiro de 870, foi um concílio ecumênico cujo tema principal foi a condenação e deposição de Fócio, patriarca de Constantinopla.


CONCILIO DE LATRÃO I

O Primeiro Concílio de Latrão, 12º da história da Igreja (que ocorreu de 18 de Março a 6 de Abril de 1123), centrou-se na questão das investiduras, a independência da igreja do poder temporal. O Papa na época era Calisto II.

CONCILIO DE LATRÃO II


O Segundo Concílio de Latrão foi um concílio convocado em 1139 pelo Papa Inocêncio II, afrontou o polêmico assunto dos falsos pontífices, do tráfico de objetos sagrados, da usura, das falsas penitências e dos falsos sacramentos.

Estabeleceu ainda, entre cristãos, a trégua de Deus. Nos conflitos, deveriam ser poupados os peregrinos, comerciantes e camponeses, sendo vedada a matança de seus animais.


CONCILIO DE LATRÃO III


O Terceiro Concílio de Latrão, o décimo-primeiro ecuménico, realizado em Março 1179, no qual se estabeleceram as normas para a eleição do Papa (por dois terços dos cardeais presentes no conclave).


CONCÍLIO DE VERONA

A inquisição, ou Tribunal do Santo Ofício, foi iniciada em Verona sob o Papa Lúcio III no ano de 1184, inspirado em escritos de Santo Agostinho, fortaleceu-se sob o Papa Inocêncio III (1198-1216) e o Concílio de Latrão (1215), de 1231 a 1234,Gregório IX multiplicou pela Europa os Tribunais de Inquisição, presidido por inquisidores permanentes.

Todos os inquisidores deveriam ser doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil e os inquisidores devem ter no mínimo 40 anos de idade ao serem nomeados, e a autoridade do inquisidor é dada pelo Papa através de uma bula, às vezes o Papa pode delegar o seu poder de nomear os inquisidores, a um Cardeal representante, bem como aos superiores e padres provincianos dos dominicanos, e frades Franciscanos, (foram os papas Inocencio IV e Alexandre IV), que deram esse poder aos superiores e padres provincianos de suas respectivas ordens “Licet ex Omnibu” e “Olim Praesentiens”. 

O Inquisidor não pode nomear um escrivão, pois será assistido pelo escrivão público das dioceses, somente em 1561 e que os Papas puderam nomear o escrivão. 

Os Perseguidos na inquisição segundo o decreto:

  •  Os Excomungados
  •  Os Simoníacos
  •  Que se opuser a igreja de Roma e contestar a autoridade que ela recebeu de Deus
  •  Quem cometer erros na interpretação das sagradas escrituras
  •  Quem criar uma nova seita ou aderir a uma seita já existente
  •  Quem não aceitar a doutrina Romana no que se refere aos sacramentos
  •  Quem tiver opinião diferente da igreja de Roma sobre um ou vários artigos de Fé
  •  Quem duvidar da fé Cristã


CONCILIO DE LATRÃO IV


Diante das diversas heresias que contestavam doutrinas cristãs fundamentais, tais como o catarismo e o valdismo, o concílio proclamou dogmaticamente doutrinas sobre os sacramentos, como a transubstanciação e a confissão dos pecados anualmente. 

Foram emitidos procedimentos detalhados para a eleição dos bispos, e a corrupção clerical foi combatida. Entre outras coisas, o concílio incentivou a criação de escolas e uma formação mais elevada do clero. O concílio também ordenou que os judeus usassem marcações especiais de identificação em suas roupas - um sinal da crescente hostilidade sentida pelos cristãos contra os judeus na região.

Os trabalhos decorreram em três sessões plenárias, além das cerimônias litúrgicas. Deles resultaram setenta cânones, que conhecemos por uma cópia de 1216, das atas originais.

Os principais cânones definidos pelo concílio foram:

  • Cânon 1. Exposição da fé, do dogma da Trindade e da Transubstanciação;
  • Cânones 3-4. Estabelecidos procedimentos e penalidades contra os hereges e os seus protectores
  • Cânon 5. Primazia papal proclamado como estabelecida por vontade divina, e estabeleceu a ordem de precedência das igrejas patriarcais: depois de Roma, segue-se Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalém;
  • Cânon 13. A fundação de novas ordens religiosas foi proibida;
  • Cânones 14-18. Regras de conduta do clero, proibindo e combatendo a vida não-celibatária, embriaguez, frequência à tavernas, caça, ou participação em combates;
  • Cânon 21. Reafirmou a exigência de que todos os cristãos que tenham atingido a idade da razão (7-8 anos) devem confessar os seus pecados e receber a Sagrada Comunhão, pelo menos uma vez por ano.
  • Cânones 67-70. Regulamentado o relacionamento judaico-cristão, e estabelecidas restrições sobre as comunidades judaicas.



CONCÍLIO DE LYON I


No I Concílio de Lyon, realizado a 13 de Julho de 1245 e dirigido pelo Papa Inocêncio IV, deu-se a deposição de Frederico II, imperador do Sacro Império e de Sancho II, rei de Portugal sob a acusação de «rex innutilis».


CONCILIO DE LYON II


Concílio de Lyon II (1274), convocado pelo papa Gregório X, por iniciativa do imperador Miguel Paleólogo, empreendeu uma tentativa de união da Igreja Ocidental com a Oriental, por motivos em boa parte políticos. Regulamentação do conclave para a eleição papal. Cruzada para libertar Jerusalém.



CONCÍLIO DE VIENNE


O Concílio de Vienne foi realizado na Catedral de Vienne (França) entre 16 de Outubro de 1311 e 6 de Maio de 1312.
É considerado pela Igreja Católica como sendo o XV Concílio Ecumênico, sendo o sétimo dentre os realizados no Ocidente.

Foi convocado pelo Papa Clemente V, tendo como finalidades principais o Fim da Ordem dos Templários e a condenação póstuma do Papa Bonifácio VIII, por ter excomungado o rei francês Filipe IV de França.



CONCÍLIO DE CONSTANÇA


O Concílio de Constança, que teve lugar entre 1414 e 1418 em Constança, foi um concílio ecumênico da Igreja Católica. O seu principal objectivo foi acabar com o cisma papal que tinha resultado do Papado de Avignon, ou "a captividade babilónica da Igreja", como também é conhecido (um termo cunhado por Martinho Lutero).

Quando  o concílio foi convocado, havia três papas, todos eles clamavam legitimidade. Alguns anos antes, num dos primeiros golpes que afectaram o movimento conciliador, os bispos do concílio de Pisa tinham deposto ambos os papas anteriores e elegido um terceiro papa, argumentando que em tal situação, um concílio de bispos tem mais autoridade do que um Papa. Isto apenas contribuiu para agravar o cisma.

Com o apoio de Sigismundo, sacro Imperador romano, o concílio de Constança recomendou que todos os três papas abdicassem, e que um outro fosse escolhido. Em parte por causa da presença constante do imperador, outros monarcas exigiram que tivessem uma palavra a dizer na escolha do papa. Grande parte da discussão no concelho foi ocupada na tentativa de acalmar monarcas seculares, mais do que em efectuar uma reforma da igreja e da sua hierarquia.

Um segundo objectivo do concílio foi continuar as reformas iniciadas pelo concílio de Pisa. Estas reformas foram largamente dirigidas contra John Wycliffe, John Hus, e seus seguidores. John Hus foi condenado pelo concílio à morte na fogueira. Foi queimado vivo a 6 de Julho de 1415.

O concílio também tentou iniciar reformas eclesiásticas. Foi mais tarde declarado que um concílio de bispos não tem maior influência do que o Papa. O concílio elegeu em 1417 o Papa Martinho V.



CONCÍLIO DE BASILÉIA-FERREIRA-FLORENÇA

O Concílio de Basileia, Ferrara e Florença iniciou-se em Basileia, Suíça, e decorreu entre 1431 e 1445. Tratou-se da união entre a Igreja Católica e Igreja Ortodoxa e do reconhecimento no Papa de poderes sobre a Igreja Universal.



CONCÍLIO DE PISA


O Concílio de Pisa foi uma conferência ecumênica não-reconhecida da Igreja Católica Romana em 1409 que tentou acabar com o Cisma do Ocidente. Na época, dois Papas, Gregório XII e Bento XIII, reclamavam seu direito ao trono pontificial. No Concílio, os dois Papas concordaram em desistir de suas reivindicações em favor de um novo pontífice. Mas ambos voltaram atrás e foram depostos.

O Concílio elegeu Alexandre V, mas Gregório e Bento não desistiram de reclamar seus direitos. O cisma continuou por mais oito anos. Terminou em 1417, quando outro Concílio reuniu-se em Constança e elegeu Martinho V o novo Papa.



CONCÍLIO DE LATRÃO V

O Quinto Concílio de Latrão foi o maior dos concílios ecumênicos medievais. Realizado no período de 10 de Maio de 1512 a 16 de Março de 1517, Foi convocado pelo papa Júlio II. Condenação dos erros de Joaquim de Fiore, que pregava o fim do mundo para breve, apoiando-se em falsa exegese bíblica. Declaração da existência dos demônios como sendo anjos bons que abusaram do seu livre arbítrio pecando.

Um dos importantes quetais discutidos na V Concílio de Latrão trata da imortalidade da alma. À época de sua convocação rondavam os católicos as doutrinas que diziam ser a alma humana “una”, de modo que seria a alma humana universal imortal, e não a alma de cada indivíduo. 

Assim, tal concílio preocupou-se em oferecer aos fiéis uma doutrina oficial, que determinava ser individual a alma humana e ser esta, indiscutivelmente, imortal. Outras decisões importantes deste concílio foram:

  • Rejeitou o sismático concílio de Pisa (1511-1512)
  • Decretos de reforma da formação do clero, sobre a pregação, etc.
  • Condenou a Sanção de Bourges, declaração que favorecia a criação de uma Igreja Nacional da França.
  • Assinatura de uma Concordata que regulamentava as relações entre a Santa Sé e a França.


CONCÍLIO DE TRENTO


Foi o mais longo concílio da história da Igreja. De 13 de Dezembro de 1545 a 4 de Dezembro de 1563. O Concílio de Trento foi convocado pelo Papa Paulo III, a fim de estreitar a união da Igreja e reprimir os abusos, isso em 1546, na cidade de Trento, no Tirol italiano. No Concílio tridentino os teólogos mais famosos da época elaboraram os decretos, que depois foram discutidos pelos bispos em sessões privadas. Interrompido várias vezes, o concílio durou 18 anos e seu trabalho somente terminou em 1562, quando suas decisões foram solenemente promulgadas em sessão pública.

Todo o corpo das doutrinas católicas havia sido discutido à luz das críticas dos protestantes. O Concílio de Trento condenou a doutrina protestante da justificação pela fé, proibiu a intervenção dos príncipes nos negócios eclesiásticos e a acumulação de benefícios.

Definiu o pecado original e declarou como texto bíblico autêntico, a tradução de São Jerônimo, denominada "Vulgata". Mantiveram os sete sacramentos, o celibato clerical e a indissolubilidade do matrimônio, o culto dos santos e das relíquias, a doutrina do purgatório e as indulgências e recomendou a criação de escolas para a preparação dos que quisessem ingressar no clero, denominadas seminários.

No Concílio de Trento , ao contrário dos anteriores, ficou estabelecida a supremacia dos Papas. Assim é que foi pedido a Pio IV que ratificasse as suas decisões.

Os primeiros países que aceitaram, incondicionalmente, as resoluções tridentinas foram Portugal, Espanha, Polônia e os Estados italianos. A França, agitada pelas lutas entre católicos e protestantes, demorou mais de meio século para aceitar oficialmente as normas e dogmas estatuídos pelo concílio, sendo mesmo o último país europeu a fazê-lo.



CONCILIO DO VATICANO I

O Concílio Vaticano I teve lugar entre os dias 8 de Dezembro de 1869 e 18 de Dezembro de 1870, tendo sido proclamado por Pio IX.  As principais decisões do Concílio foram conceber uma Constituição Dogmática intitulada Dei Filius, sobre a Fé católica, e a Constituição Dogmática Pastor Aeternus, sobre o primado e infalibilidade do Papa quando se pronuncia “ex-catedra”, em assuntos de fé e de moral.

Também foram tratadas questões doutrinárias que eram necessárias para dar novo alento e informar melhor sobre assuntos essenciais de Fé.



CONCILIO DO VATICANO II


De 11 de Outubro de 1962 a 8 de Dezembro de 1965, esse concilio foi convocado por João XXIII, e encerrado por Paulo VI. Abordou a questão da reforma interna da Igreja e da adaptação das suas atividades às necessidades atuais.

Correção de problemas disciplinares e de índole pastoral. Chamada à renovação dos ritos litúrgicos. Promoção dos estudos bíblicos, decretos pastorais e progresso ecumênico para o diálogo e reconciliação com outras Igrejas Cristãs.


OS PRINCIPAIS CONCÍLIOS