Nação dos Paradoxos ou do Antagonismo?

Vai chegar o dia no Brasil quando haverá tantas Leis que se tornará uma nação sem Lei. O país onde uma Lei invalidará a outra, e tudo dependerá da habilidade dos advogados em conhecer detalhes de determnada Lei. Se nenhuma nova Lei fosse criada, certamente as que já existem seriam suficientes para o bom andamento da nação (caso fossem observadas e obedecidas).

Quando vejo certas coisas acontecendo me pergunto o que de fato tem importância no Brasil? O individual ou o coletivo? Que sistema social procura-se estabelecer no país? Quais valores pesam mais na avaliação dos sociólogos responsáveis pela elaboração de leis que são aprovadas no congresso visando o beneficio do cidadão brasileiro? Tais valores respeitam o individual, o coletivo, a orientação sexual, o contexto cultural, a religião adotada etc. etc.? De fato, tenho mais perguntas que respostas.

A base para uma sociedade sadia sem dúvida nenhuma é a família. Tais valores não podem jamais ser alterados pelo Estado em detrimento de grupos com aspirações revolucionarias, ou instituições com pretensões de monopólio e domínio.

Tenta-se combater a pedofilia e a gravidez prematura no Brasil, mas, dentro das escolas é incentivada o estímulo da sexualidade desde a mais tenra idade, por meio de uma cartilha escolar que ensina crianças de 07 a 10 anos a se masturbar, aflorando precocemente seu desejo sexual.

Preservativos são distribuídos para adolescentes nas escolas. Estado reivindica para si, por meio da Lei da Palmada, o direito de interferir diretamente na educação dos filhos dentro do lar, outrora de propriedade exclusiva dos pais, cabendo a estes, apenas os deveres relacionados a cuidados alimentares, pagamento de escolas, provisão de necessidades, sem direitos de atuação como agentes norteadores da educação dos próprios filhos, e na preparação dos pimpolhos para a vida. Espero realmente que essa Lei não estimule a criação outra que venha a punir filhos adolescentes que agridem os pais, aí vai ter que ser uma Lei para adolescente mesmo.

O suposto País da liberdade; da Ordem e do Progresso, está caminhando dissimuladamente para o país dos privilegiados sem privileigios, ou dos livres aprisionados.  

Não sei se chamaria o Brasil de País dos Paradoxos ou o País do Antagonismo. O Ministério libera na TV aberta ou em canais fechados de fácil acesso apenas os filmes chamados “softcord”, que são filmes livres de cenas de sexo. No entanto, coloca nas mãos de uma criança de 07 anos uma cartilha ensinando detalhes sobre a masturbação, e a incitação do desejo em idades em que a criança deveria estar brincando de outras coisas (que não de médico).

Fala-se em liberdade religiosa, mas essa mesma liberdade é ferida quando não se respeita os valores doutrinários guardados pelas famílias praticantes (não me refiro às religiões absurdas que atentam contra a vida e a integridade física de alguém por meio de rituais), um jovem ou uma moça que por decisão própria e por exemplos na familia deseja manter a virgindade, é redicularizada de todas as formas pelos mais diversificados meios.

A falta de consideração a certos valores que são preservados em algumas famílias cristãs/protestantes no Brasil, fizeram o corretor de imóvel Jefferson Lima de 44 anos, entrar com uma representação no Ministério Publico contra a instituição de ensino privada onde sua filha estudava, por transmitir em sala de aula para sua filha de 11 anos (entre as demais crianças), o filme FRIDA – direção de Julie Taymor. O filme não é indicado para a faixa etária abaixo dos 14 anos, devido a linguagem forte as cenas picantes.

Jefferson Lima é evangélico da igreja Bola de Neve, e afirmou: “esse tipo de obra não passa na televisão de minha casa”. A escola havia dito que tudo o que a criança viu no filme, passa na TV. Segundo o site G1, após a criança chegar abalada em casa relatando as cenas do filme, Lima foi até a escola conferir, e pediu para assistir a película e, ao ver as cenas, chocado as relatou como “cenas de patifaria e promiscuidade, não condizente à idade das crianças”.

Voltando ao país da criação de Leis (Brasil), sugiro a criação de, somente mais uma Lei, a que proíba a criação de novas Leis, ao mesmo tempo em que faça funcionar as que já foram criadas.

Humpf!! Vai sonhando!!!